Taxas Euribor continuam em queda.

O indexante a seis meses recuou 0,2 pontos base para 0,385%, tocando um novo mínimo histórico, pela nona sessão consecutiva. Esta maturidade é a mais utilizada no crédito à habitação em Portugal. 

A descida desta taxa significa portanto uma diminuição das prestações mensais para quem detém este tipo de crédito junto dos bancos. Por outro lado, descem as remunerações dos depósitos bancários.

A taxa interbancária a três meses ficou estável nos 0,197%. Também a Euribor a um mês ficou inalterada nos 0,110% pela 11ª sessão consecutiva.

Nas maturidades mais longas a Euribor a nove meses desceu 0,3 pontos base para 0,503% e a mesma taxa a 12 meses perdeu 0,4 pontos base para 0,611%.

Esta tendência de descida das taxas Euribor tem reflectido a política monetária do Banco Central Europeu (BCE) que tem realizado várias operações que pressionam as taxas interbancárias. As Euribor são as taxas a que os bancos estão dispostos a emprestar dinheiro a outros bancos dentro da Zona Euro.

O corte progressivo do preço do dinheiro para os actuais 0,75% pela autoridade monetária, o valor mais baixo de sempre foi uma das medidas que pressionou as taxas interbancárias. Isto porque estes indexantes tendem a seguir o comportamento do preço do dinheiro.

O BCE efectuou também injecções de liquidez no mercado, através de financiamentos ilimitados a baixo custo e de longo prazo, que aliviaram a pressão sobre a banca.

A pressionar as Euribor esteve também a descida para -0,25% da taxa de depósitos paga pelo BCE. Isto significa que os bancos que depositarem dinheiro em Frankfurt terão de pagar uma taxa de juro para o fazer. Esta medida surge como forma de dinamizar o mercado financeiro, tentando incentivar as entidades financeiras a depositarem o dinheiro noutras instituições, sendo esta uma forma de financiamento dos bancos.